Oficina de foto-resenha une a poética de Manoel de Barros com a produção de máscaras
14 DE outubro DE 2021Na primeira aula, por exemplo, Suelen Santana propôs aos participantes recontarem fatos da infância incluindo algumas mentiras, assim como Manoel de Barros faz em sua biografia, enfatizando que não é um mentiroso, apenas inventa coisas. Na sequência, o grupo deu novas utilidades a objetos do dia a dia, como garfo, lixa de pé, limão, borrifador de água, entre outros. “Essa atividade foi criada a partir de uma frase do Manuel que diz que as coisas precisam ser vistas com olhos curiosos. O objetivo aqui é fazer as pessoas saírem do lugar-comum para dar espaço para a criatividade”, diz a oficineira.
As atividades da segunda aula tiveram como foco tirar os poemas do papel, dando corpo e voz aos versos e alinhando a narrativa oral com exercícios de desconstrução dos movimentos rotineiros do corpo, uma técnica muito utilizada no teatro de máscaras e também por palhaços. Para finalizar, os participantes aprenderam o passo a passo da produção de uma máscara de gesso.
Nos próximos dois encontros, as atividades se concentram na experimentação e fotografias das máscaras e na criação literária das resenhas-legendas, contendo as memórias físicas e afetivas trazidas pelos poemas durante a oficina.