Em oficina sobre poesia concreta, Renan Inquérito brinca com os sons e as palavras
15 DE julho DE 2020Autor dos livros "Poesia para encher a laje" e "#Poucas palavras", ele começou os trabalhos salientando a importância de realizar sua primeira experiência online neste momento de distanciamento social. Inquérito acredita na palavra como ponte e conseguiu transformar o encontro em lugar de acolhimento, ao estimular a troca de experiências sobre literatura, leitura e cultura, em geral.
O artista apresentou poemas visuais de sua autoria, compartilhou referências (Augusto de Campos, com o poema "Código", entre elas) e falou sobre o conceito verbivocovisual (que trata da importância da palavra escrita, oralidade e aspecto gráfico de um texto). Mas a noite também reservou surpresas como detalhes dos bastidores de seu início de carreira e trabalho na Fundação CASA, além de seus caminhos no rap e a surpresa de uma confidência: ele está terminando obra nova. Inquérito explicou a escolha do título da oficina, já que, como diz ele, “a laje é o mirante da quebrada” e, “assim como a laje, a poesia é teto e também é chão”. A ideia é que os participantes utilizem as suas vivências para construir suas próprias experiências poéticas em um ambiente de colaboração, solidário e amoroso.
Hoje, a noite será sobre o processo de criação na concretude do cotidiano e todos partirão para as experimentações. Já o encontro de ontem foi encerrado com uma breve performance de Inquérito, que deixou "gostinho" de quero mais com "Anônimo", que começa com "Nem todas as pessoas são estrelas / Mas todas têm seu próprio brilho / O carbono pode ser carvão ou diamante / Mas a vida, independente de onde venha, a vida é sempre brilhante!".
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[caption id="attachment_64346" align="alignnone" width="1901"] Reprodução.[/caption]