Ainda hoje, as práticas que envolvem a literatura na escola costumam ser bastante “monológicas”, como lembra Cecília Bajour. Nesta tradição, a figura do professor desempenha um papel verticalizado na exploração do texto literário, ao passo que os estudantes, por sua vez, desempenham função eminentemente passiva no trato com obras, autores e colegas-leitores. Haverá caminhos para mudar o rumo dessa prosa (aliás, pouco dialógica)? A presente oficina, a partir de práticas como o diário de leitura e a escrita criativa, busca discutir esta questão central, valendo-se, para isso, da obra de autores como Ana Martins Marques, Paulo Henriques Britto, Machado de Assis, Pedro Nava, Graciliano Ramos e Rodrigo Ciríaco. Indicado para pessoas a partir de 18 anos. 

Com Júlio Vale. 

Dias, 7, 9, 14 e 16 de junho, das 14h às 17h. 

Carga horária: 12h – 4 encontros. 

Atividade online, ao vivo. 

Vagas limitadas, preenchidas por ordem de inscrição.  

Inscrições a partir das 10h do dia 26 de maio pelo link. 

Esta atividade integra o projeto Literatura Brasileira no XXI, em parceria com a Unifesp. 

Sobre o ministrante: 

Júlio Vale é mestre (2005) e doutor (2011) em Teoria e História Literária pelo Instituto de Estudos da Linguagem (IEL) da UNICAMP. Estudou a obra do memorialista Pedro Nava, debruçando-se sobre as representações da escola ali presentes. Atualmente, é professor adjunto da Escola de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da UNIFESP, onde pesquisa questões relacionadas ao ensino de literatura e ministra disciplinas sobre o tema. Coordena o projeto “Pontes: Língua e Literatura, Universidade e Escola” e integra, no período 2022-2024, a coordenação de área do subprojeto Letras do PIBID-UNIFESP (Programa Institucional de Bolsa de Iniciação à Docência).