Evento Presencial
Laboratório de Produção de Quadrinhos
01
agosto
14h
O Laboratório de Produção de Quadrinhos é uma proposta de curso de longa duração, que visa a formação ampla dos participantes na linguagem dos quadrinhos. Serão sete módulos individuais teórico-práticos ministrados por profissionais da área, proporcionando para os participantes contato com diferentes saberes, técnicas e experiências relacionadas a produção das histórias em quadrinhos, em prol de aperfeiçoamento e inserção profissional no mercado editorial e/ou como autor independente.
A atividade é ainda pontuada por sete encontros com Fábio Moon, curador desta edição do projeto, que propõe encontros voltados para os processos criativos dos participantes em diálogo com temas trabalhados nos módulos.
Fábio Moon é um dos quadrinistas brasileiros de maior reconhecimento internacional. Faz quadrinhos há mais de vinte anos e teve seus livros publicados e premiados em vários idiomas ao redor do mundo. Sempre que possível, oferece cursos para compartilhar suas experiências e seu conhecimento para novas gerações, assim como espalhar sua paixão por histórias em quadrinhos. Imagem: J R Duran.
Confira o conteúdo dos módulos e conheça os professores de cada um:
1 – O desenho como fagulha criativa
Desenhar não é lá tão fácil, mas conseguir soltar a munheca e não ter medo de encarar o erro são meio caminho para a satisfação. Desenhar é um ato solitário, mas se aprende muito quando há companhia ao tentar achar soluções que não sabíamos que existiam. No módulo que abre nosso curso sobre quadrinhos, os participantes são convidados a praticar o desenho como o passo inicial do processo criativo.
Terças e quintas, 06, 08, 13, 15 e 20/08, das 14h às 17h.
Orlando Pedroso é artista gráfico, cartunista e ilustrador. Nasceu em São Paulo em 1959. Foi ilustrador do jornal Folha de S. Paulo de 1985 a 2011. Já ilustrou mais de 80 livros infanto-juvenis e produz eventualmente séries de desenhos para mostras individuais. Foi vencedor do Prêmio HQ Mix de melhor ilustrador por três vezes, e Artista Homenageado no FIQ – Festival Internacional de Quadrinhos de Belo Horizonte de 2007. É chargista do Canal Meio e membro do conselho da SIB – Sociedade dos Ilustradores do Brasil.
Imagem: acervo pessoal.
2 – Ferramentas da narrativa em quadrinhos
Neste módulo, abordaremos a iniciação às ferramentas da linguagem dos quadrinhos, suas funções narrativas e o que constitui uma página de HQ. Vamos explorar os principais elementos práticos da construção - enquadramento, sequência narrativa, quadro a quadro e o pensamento de uma página inteira; quadros, canaletas e balões; e o texto como linguagem complementar - diálogos, recordatórios e onomatopeias.
Terças e quintas, 27, 29/08 e 03, 05, 10/09, das 14h às 17h.
Felipe Nunes tem 29 anos e é ilustrador e quadrinista desde 2010. Nascido em Ubatuba, São Paulo, começou a desenhar para revistas da Editora Abril e para internet. Sua primeira novela gráfica, Klaus (Balão Editorial) ganhou o Troféu HQ Mix. Publicou, então, outros livros: Dodô (2015), Segredo da Floresta (2016), Clean Break (2019) e Curiosas Criaturas: Dinobolo (2023). Suas obras já foram traduzidas para Estados Unidos, França, Portugal e Polônia. Imagem: Lucas Martins.
3 – Quadrinhos em histórias: experiências com a narração
A escrita de quadrinhos pensa a palavra como um elemento pictórico na página. Nos quadrinhos, o limite físico de quantas palavras cabem num balão, quanta informação cabe numa página, tem relação com o pensamento poético. E pensar numa história curta exige escolher a palavra certa, destilar o conteúdo, e pensar que, como na poesia, uma palavra pode ter mais de um significado, e nos quadrinhos o desenho, unido às palavras, também carrega vários significados. Esta oficina propõe exercícios narrativos de extensões variadas, a partir de modelos da era de ouro dos quadrinhos, como cartuns do Snoopy e Piratas do Tietê ou páginas dominicais de Krazy Kat e Little Nemo in Slumberland, entre outros.
Terças e quintas, 17, 19, 24 e 26/09 e 01/10, das 14h às 17h.
Joca Reiners Terron fundou a editora Ciência do Acidente, pela qual publicou seu primeiro livro de poemas, Eletroencefalodrama (1998). A editora também lançou seu romance de estreia, Não Há Nada Lá (2001, reeditado pela Companhia das Letras em 2011), e seu segundo livro de poemas, Animal Anônimo (2002). Terron publicou os livros de contos Hotel Hell (Livros do Mal, 2003), Curva de Rio Sujo (Planeta, 2003; publicado em Portugal pela ASA editores, 2005), e Sonho Interrompido por Guilhotina (Casa da Palavra, 2006), além de Guia de Ruas sem Saída, novela gráfica ilustrada por André Ducci (Edith, 2012). Em 2010, recebeu o Prêmio Machado de Assis da Biblioteca Nacional pelo romance Do Fundo do Poço se Vê a Lua (Companhia das Letras, 2010; publicado em Portugal pela Teorema, 2016). Publicou A Tristeza Extraordinária do Leopardo-das-Neves (Companhia das Letras, 2013), Noite Dentro da Noite (Companhia das Letras, 2017), A Morte e o Meteoro (Todavia, 2019) e O Riso dos Ratos (Todavia, 2021), entre outros. Seu último romance é Onde Pastam os Minotauros (Todavia, 2023). Imagem: Renato Parada.
4 – A qualidade narrativa das cores
As cores são muito importantes no trabalho com quadrinhos, capazes de desempenhar funções narrativas distintas, da expressão de emoções à separação de planos, do direcionamento do olhar do leitor pela página à criação de atmosferas únicas. Neste módulo, por meio de atividades práticas e exemplos de trabalhos de referência no campo, os participantes poderão aprender e treinar alguns dos fundamentos e técnicas do uso das cores na elaboração de uma HQ.
Terças e quintas, 03, 08, 10 e 15/10, das 14h às 17h.
Fabi Marques (ela/dela) é colorista profissional de quadrinhos desde 2016. Além de diversos projetos independentes, trabalha para editoras brasileiras e de todo o mundo. Entre seus mais notáveis trabalhos estão Batman: The World, Power Rangers e Barbaric: Born in Blood. Imagem: acervo pessoal.
5 – Fazendo quadrinhos em camadas
Fazer uma história em quadrinhos às vezes pode parecer fácil para os leitores e leigos em geral. Mas quem lida com isso sabe o quanto é exigido de tempo, habilidade e empenho para que uma HQ seja concretizada. Da ideia inicial até o produto final há todo um périplo onde a todo momento o artista tem de lidar com diferentes desafios e difíceis escolhas. Neste módulo, demonstraremos como cada uma destas etapas pode ser vencida, camada por camada, convertendo potenciais frustrações em um trabalho gratificante.
Terças e quintas, 24, 29, 31/10 e 05 e 07/11, das 14h às 17h.
André Kitagawa é formado em arquitetura, André Kitagawa é um artista gráfico que transita por várias linguagens, como ilustração, animação, design, teatro e histórias em quadrinhos. É autor dos álbuns Chapa Quente (de 2006, relançado em versão estendida em 2022) e Risca Faca (finalista do prêmio Jabuti de 2022), além de ter participado de inúmeras publicações. Imagem: acervo pessoal.
6 – Quadrinhos para a internet
A internet oferece ferramentas interessantes e gratuitas para quem quer divulgar quadrinhos e falar diretamente ao público. Mesmo que o(a) artista já tenha uma carreira consolidada no mercado de HQs, é cada vez mais necessário divulgar o trabalho nas redes sociais, tornando o ambiente digital uma via interessante para explorar novas formas de engajar leitores(as). Com mais de dez anos de experiência publicando quadrinhos na internet, Carol Ito vai compartilhar experiências e dar dicas para quem quer criar e divulgar HQs no ambiente virtual. O objetivo é que os(as) participantes aprendam a criar tiras - e outros formatos de quadrinhos - que tenham boa legibilidade nas redes sociais, além de compartilhar estratégias de marketing e monetização do conteúdo on-line.
Terças e quintas, 14, 19, 21, 26 e 28/11, das 14h às 17h.
Carol Ito é jornalista e quadrinista. Publicou trabalhos em importantes veículos de imprensa, como as revistas Trip e Tpm, Piauí, Agência Pública, Morel, O grito, entre outras. Em 2022, recebeu o Prêmio Vladimir Herzog de Anistia e Direitos Humanos, na categoria “Arte”, pela reportagem em HQ “Três mulheres da Craco”, publicada na revista Piauí. É autora de três livros em quadrinhos e foi a primeira mulher a desenhar charges ao vivo no programa Roda Vida, da TV Cultura. Imagem: Maria Ribeiro.
7 – O quadrinho impresso ganha o mundo
Pronto! Já escrevi e ilustrei minha história em quadrinhos. E agora como faço pra imprimir? Como escolho o formato? Qual o tipo de impressão? Precisa ter capa? O que é uma guarda? Que papel eu escolho? O que é RGB, CMYK e Pantone? A proposta deste módulo é apresentar conceitos e possibilidades do universo gráfico impresso para materializar um projeto de HQ curta.
Terças e quintas, 03, 10, 12 e 17/12, das 14h às 17h.
Ale Kalko é designer, escritora, ilustradora, infografista, quadrinista e microeditora de uma pessoa só. Se autopublica desde 1997. Explora e pesquisa o uso do suporte físico para construção de narrativas. Possui vasta e premiada experiência no mercado editorial de revistas e livros. Foi diretora de arte de diversas revistas da Editora Abril e atualmente também é editora e capista da Companhia das Letras. Imagem: Mo Bertuzzi.