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Oficina Arte poética: demência ou sobrevivência?
1 setembro 2020 às 10:00 - 13:00
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Edgar Morin, antropólogo francês compreende o ser humano para além do homo faber, Morin propõe o homo demens. Pervertendo (pelo verso, claro) o antropógolo, podemos concluir que delirar é preciso, viver não é preciso. A literatura e as artes em geral estão repletas de delirantes… Havia quem dissesse que a poesia de Fernando Pessoa era esquizofrênica, já disseram que Augusto dos Anjos era demente e raquítico. Lima Barreto escreveu ficção no sanatório. Já Álvares de Azevedo era um bom menino, mas seus versos eram perversos. Seria a literatura a cura para os doentes? Ou será que a literatura é a doença ela mesma: será o poema um lá maior sempre batendo forte, se atentando contra a sanidade do pobre Robert Schumann? Ou pior: teria o pianista composto tantos lindos lieder sem aquele lá (sempre lá)? Quiçá…
Essa oficina pretende estimular a produção de textos poéticos (em verso ou em prosa), mediante debates e leituras tanto de textos poéticos como de textos críticos. Ao final, cada participante terá produzido um poético de própria autoria.
Público-alvo: a partir de 15 anos
Local: Biblioteca Parque Villa-Lobos - ONLINE
Data e horário: 1, 3, 8 e 10 de setembro das 10h às 13h
Carga horária total: 12 horas
Número de vagas: 20 pessoas
Ministrante: Fábio Casemiro é poeta, músico, doutor em Literatura pela UNICAMP e pós-doutorando em Teoria Literária pela UNIFESP. Publica seus ensaios, crônicas e poemas no blog Pamonha Mecânica & Creme de Papaya com Haxixe (pelo blogspot) e no Tumblr poetafabiocasemiro. Em 2015 publicou seu livro de poemas Innfluenzza Overdrive. Compartilha vídeo-leituras de poesia (e demais tópicas literárias e culturais em forma de vídeo) em seu canal Rádio Palavra no You Tube (áudios disponíveis também em formato podcast, nas plataformas Deezer e Spotfy).